
Na realidade, visitando seu blog, vi que postara (uhuuuu, pretérito-mais-que-perfeito) uma conversa travada com uma amiga no MSN e me senti encorajado a fazer o mesmo.
Tudo começou quando publiquei a foto acima no meu fotolog (www.fotolog.com/lubisco) com a seguinte legenda:
Qdo a insônia é sua melhor concubina,
dificil achar uma outra solução
que nao seja, na boca, nicotina
e os dedos no violão....
Mari comentou assim:
“ai que dom! fazer rimas legais é um dos meus infinitos sonhos!”
Repliquei com mais um versinho no seu fotolog.
Versinho? Eu disse versinho?! Nossa Senhora! Como soam gay palavras em diminutivo, né? (Já retomo a história com Mari, prometo)
Isso me lembra Michal, nascido na Polônia e criado na Alemanha desde cedo. Veio para o Brasil no final dos 90, conheceu, por meu intermédio, Cris - com quem é casado até hoje - e se transformou em um dos meus melhores amigos durante minha estada naquele iceberg ariano. Logo que começou o namoro com minha amiga-irmã, Michal (prouncia-se Mírrau), por ter sido Cris sua maior fonte de expressões, estilo, vocabulário e outras minúncias que envolvem o discurso em uma determinada língua , acabou por desenvolver uma maneira muito peculiar de se expressar em português. Recordo uma vez quando eles ainda moravam no ed. Marcelo - ponto de encontro de um seleto grupo de amigos para noitadas memoráveis regadas à bebida, cigarros, violões e muitas baixarias – e apareci lá para, como diria o próprio “Mírrau”, chill out. Não sei o ano, mas tenho certeza que era verão, pois fazia um calor dos infernos e eu suava em bicas! Vendo-me naquele estado deplorável, meu polaco-amigo soltou essa:
-“Tá com calorzinho, Lubis? Quer uma agüinha?”
Como assim “calorzinho” e “agüinha”?! Como assim?! Diminutivo nããããooo!
Bem, voltando, eu repliquei, no fotolog de Mari, com mais um versinho:
Né dom não, fia.
Peraí qu'eu te conto:
nem eu msm sabia,
tudo parecia vir pronto.
Só aprendi aos 33 anos de idade
que rimar eh uma eterna labuta.
Não há mentira nem verdade...
e dá um trabalho feladaputa.
1 de maio de 2008 às 16:22
Oi amiguinho, sou a primeirinha a fazer um comentariozinho sobre seu texto. Adorei. E que saudades bateu ao ler a referência aos tempos do Edf. Marcelo...
1 de maio de 2008 às 16:23
Cê viu que eu evitei o diminutivo de "texto", ne?
2 de maio de 2008 às 06:15
queria pedir só um golinho
da sua formula de rima
to tentando devagarzinho
uma palavra que combina (pode errar assim?! hahaha!!!)
passei duas horas só pra escrever essa rima pobre, sem pé nem cabeça e ainda por cima sem concordância!! hahaha!! mas me divirto mesmo assim! e tenho treinado... juro!
ontem corri meia hora... e tô me sentindo ótema! tô voltando ao ritmo antigo! vamos marcar uma corrida qq dia desses!
beijo!
2 de maio de 2008 às 07:16
acho que depende muito de quem e em que situação você ouve esse diminutivo. para mim essa mania brasileira e especialmente baiana de falar as coisas no diminutivo tem um "q" de carinho, de dar uma proximidade entre as partes. (sim, tem vezes que soa uma viadagem só!). já a rima, essa você tem toda a minha concordância. ô troço que dá trabalho. mas essa labuta é cheia de prazer, pelo menos para mim.
velhinho, tomara que essa tentativa de retomar a escrita seja duradoura.
abraço
2 de maio de 2008 às 10:42
Ter seus textos e os de Paulinha para alimentar a minha mente é um prazer enorme. Sigo lendo, rindo e ADORANDO tudo isso na vida da gente!
Um beijo, da sempre amiga, Andrea.