Mario Quintana dizia que o poeta sofre duas vezes: quando escreve e quando recitam os seus poemas. D. Diva, mãe de meu pai - avó e madrinha, como ela adorava ressaltar – era uma exceção. Lembro-me dela sentada na cadeira de balanço entre a cama e a penteadeira (toda casa de avó que se preze tem uma penteadeira), recitando diversas poesias que sabia decor. Eu me deliciava com cada sílaba. Tudo estava no lugar certo: as pausas, a entonação... recordo dela se inclinando para frente, baixando o tom da voz olhando direto nos meus olhos, sem me dar chances de escapar da poesia.
Minha Vó Diva, toda vez que recitava, construia um novo poema.
Minha Vó Diva, toda vez que recitava, construia um novo poema.
9 de maio de 2008 às 15:26
Minha avó Ju era assim também... Contava caso e recitava... fazia doce e plantava jasmim.
(Penteadeira é realmente a cara de casa de vó!)
;)
P.S:e agora eu vou digitar kqgstvp)
10 de maio de 2008 às 17:10
Como diria um grande amigo meu: SENSACIONAL!!!!